O senador Delcídio do Amaral (PT/MS), passa hoje o terceiro domingo seguido na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está desde o dia 25 de novembro, preso sob acusação de tentar obstruir os trabalhos da operação Lava Jato, por oferecer fuga ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. O ministro Teori Zavaski, do STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a transferência de Delcídio para um prédio da PM (Polícia Militar), mas isso só deve ocorrer na segunda-feira, segundo informou a assessoria de imprensa do senador.

A mudança foi um pedido da defesa do senador petista. Na PF, ele está ocupando uma sala improvisada. No quartel da Polícia Militar, o senador ficará preso em uma sala especial. A alegação é que, por ter mandato parlamentar, ele não pode ocupar uma vaga em presídio comum. Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal, Delcídio deve ser transferido para o 1º (BPTran) Batalhão de Trânsito, mas ainda não foi confirmado data e horário.

Denúncia à Justiça

Delcídio do Amaral foi denunciado na semana passada pelo crime de impedir e embaraçar a investigação da Operação Lava Jato está semana. A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o senador tentou dissuadir Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, ou de aceitar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal, caso isso acontecesse, evitasse delatar Cerveró e, também André Esteves, ex-controlador do banco BTG Pactual.

Em depoimento à Polícia Federal logo após ser preso, o senador negou ter tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato.