G1/PCS
ImprimirA presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta quinta-feira (17) com representates de movimentos sociais integrantes da Frente Brasil Popular, que são contrários ao processo de impeachment e defendem o governo. Também participaram da reunião os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social).
A presidente Dilma Rousseff é alvo de um processo de impeachment acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O processo está suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, que determinou a interrupção até que o plenário da Corte decida sobre o rito do processo no Congresso. O julgamento começou nesta quarta-feira e dever retomar nesta tarde.
O ministro Patrus Ananias, que participou do encontro, disse que governo e movimentos sociais estão convergindo em pontos considerados fundamentais, como o compromisso com a democracia, a criação de condições para o país voltar a crescer e a afirmação das políticas públicas sociais. O ministro também defendeu o fim da crise para que o país volte a crescer.
"Nós entendemos que a superação dessa crise política é importante para que o país volte a crescer, tenhamos desenvolvimento econômico. Há uma compreensão nossa também, do governo, minha, do ministro, dos movimentos sociais, que a tentativa do impeachment de que o país retroceda nas grandes conquistas sociais dos últimos dias", disse o ministro.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Costa, defendeu a participação das "ruas" na defesa do mandato da presidente. "O impeachment sem base legal se configura num golpe à democracia. Confiamos que vamos derrubar isso. Claro que golpe e impeachment vão interferir no parlamento. As ruas vão ser decisivas para barrar o que a gente chama 'golpe à democracia'", disse
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile afirmou que o encontro foi importante para apresentar a posição de 66 movimentos sociais que são "contra o golpe".
"Viemos trazer para a presidente a posição que os movimentos manifestaram de maneira massiva ontem em dezenas de cidades, que somos contra o golpe que está em curso na Câmara. Somos a favor da democracia". Segundo Stédile, há uma preocupação com o processo de crise econômica e politica, mas que é preciso lutar pelas reformas que o Brasil precisa como a política, a agrária e a urbana.