O Globo/PCS
Imprimir“Não é meu amigo, mas é honesto”, disse o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, nesta terça-feira (15), sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O norte-americano voltou a defender o brasileiro em meio as investigações por tentativa de golpe de Estado.
"É uma caça às bruxas e não deveria estar acontecendo. Não é que... olha, ele não é como um amigo meu, ele é alguém que eu conheço. E eu o conheço como um representante de milhões de pessoas. Os brasileiros são ótimas pessoas", disse Trump.
Donald afirmou ainda que Bolsonaro ama o Brasil e “lutou muito por essas pessoas”. “Ele negociou acordos comerciais contra mim pelo povo do Brasil e foi muito duro”, afirmou ainda o presidente dos EUA.
INVESTIGAÇÕES DE BOLSONARO
Na noite desta segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, por volta das 23h45, e faz parte das alegações finais, a última fase antes do julgamento dos acusados, que deve ocorrer em setembro deste ano.
"O grupo, liderado por JAIR MESSIAS BOLSONARO e composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022 e minar o livre exercício dos demais poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário", afirmou o procurador-geral na manifestação, obtida pelo portal do jornal O Globo.
Na manifestação, o procurador-geral descreveu o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista. Segundo ele, Bolsonaro figura como líder da organização criminosa e foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações para tentar implantar um golpe de Estado no País em 2022.
Nas palavras de Gonet, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal e operou em “esquema persistente” de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório após o resultado das eleições presidenciais.
“Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, disse o procurador.