Globo Esporte/LD
ImprimirO empresário Eike Batista deixou a sede da Polícia Federal após prestar depoimento por volta das 15h10 desta quarta-feira (8). Ele permaneceu por cerca de 5 horas na superintendência da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio. O advogado do empresário, Fernando Martins, afirmou que o orientou a não prestar declarações e que "não há novidade" em relação a possibilidade de delação premiada.
"Ele se comportou como no primeiro depoimento, se resguardou no direito de prestar informações apenas em juízo. Várias pessoas foram ouvidas, não houve dúvida quanto a ele porque as perguntas nem foram feitas. Não tem nenhuma informação quanto a colaboração premiada, ele somente vai falar em juízo", afirmou o advogado de Eike Batista, Fernando Martins. Ao ser questionado sobre o ânimo de seu cliente, Martins disse que Eike "está bem e acreditando na Justiça".
O empresário Eike Batista chegou à sede da Polícia Federal do Rio, na Zona Portuária, por volta das 9h20 desta quarta-feira (8) para prestar um novo depoimento. Além do depoimento de Eike, agentes da Força Tarefa da Lava Jato no Rio também ouviram nesta quarta outros seis suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção durante o governo Cabral e presos nas operações Calicute, em novembro, e Eficiência, em janeiro. Eles também deixaram a PF por volta das 15h.
São eles: o ex-secretário estadual de Obras do Rio, Hudson Braga; o doleiro Álvaro Novis; Ary Ferreira Filho, apontado como operador do ex-governador; o publicitário Francisco de Assis, o Kiko, e o empresário Flávio Godinho, braço-direito de Eike Batista na EBX, holding, e ex-vice-presidente do Flamengo.
Eike está preso na Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, na Zona Oeste do Rio, desde o dia 30 de janeiro. Nesta terça (7), a Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Eficiência, que resultou na prisão de Eike e outros suspeitos. Doze pessoas foram indiciadas na investigação que apura autoria e materialidade pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa. O relatório conclusivo do inquérito será encaminhado à Justiça, juntamente com todo o material produzido no decorrer das investigações.