Domingo, 4 de Maio de 2025
Política
29/05/2013 09:00:00
Em depoimento na CPI, Dorsa se contradiz e joga responsabilidades na reitoria da UFMS
Ao contrário de nota divulgada pelo HU, na época de sua gestão, Dorsa voltou a dizer que recusou equipamentos de radioterapia por falta de profissionais para usá-los e por não ter estrutura compatível para oferecer o serviço no hospital.

Midiamax/AB

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\n \n Em oitivanbsp;na CPI da Saúde na Câmara Municipal, nesta\n quarta-feira (29), o ex-diretor-geral do Hospital Universitário da UFMS, José\n Carlos Dorsa, contradisse-se e jogou responsabilidades na reitoria da\n Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). \n \n Ao contrário de nota divulgada pelo HU, na época de sua gestão,\n Dorsa voltou a dizer que recusou equipamentos de radioterapia por falta de\n profissionais para usá-los e por não ter estrutura compatível para oferecer o\n serviço no hospital. Na nota anterior ele informou não\n ter disponível apenas um médico radioterapeuta.\n \n “No HU, o problema é a defasagem de pessoas. Além disso, existia\n um prédio rebocado caindo, com banheiro entupido, sem condições de ir para\n frente”, relatou. “Por isso, recusei os cinco aceleradores disponíveis, recusei\n porque não tinha como instalar serviço de alto custo, seria irresponsável se\n deixasse equipamentos num caixote na chuva”, emendou sobre transferir os\n aparelhos ao hospital privado.\n \n Dorsa ainda fez questão de ressaltar que, quando assumiu o HU, em\n 2009, o setor de radioterapia já não funcionava mais. “Existia uma determinação\n da vigilância que, por questões de segurança, o setor não poderia funcionar”,\n contou. “Quem tomava conta antes de ser desativado, era Eva Siufi, irmã de Renê\n Siufi, não era médica, era docente da UFMS e desenvolvia atividade lá”,\n completou.\n \n Na intenção de reativar o setor, Dorsa procurou o Ministério\n Público Estadual (MPE). “Fiz convênio de mais de R$ 200 mil para reformar o\n prédio e o promotor indicou a Fundação de Carmem Prudente para fazernbsp; a\n radioterapia funcionar”, disse. “Depois, demorei três anos para fazer reforma,\n comprar equipamentos e mais um ano para contratar funcionários”, continuou.\n \n Segundo o superintendente da Polícia Federal, Edgar Marcon, a\n Operação Sangue Frio detectou desvio de recursos do SUS que somam,\n inicialmente, R$ 3 milhões em reformas no HU. \n \n Equipe referência\n \n Questionado sobre o fato de profissionais da UFMS atuarem no\n Hospital do Câncer e serem considerados referência no setor de oncologia no\n Estado, Dorsa informou desconhecer a informação. “A nossa equipe é\n insuficiente”, reforçou.nbsp; “E não tinha responsabilidade de quem era cedido\n para o Hospital do Câncer, a responsabilidade é da reitora, nunca vi documento\n de cedência”, emendou.\n \n Sobre a acusação do Conselho Estadual de Saúde de que impedia o\n acesso ao hospital, Dorsa assegurou nunca ter sido procurado por representantes\n do conselho. Depois das investigações da Operação Sangue Frio, que realizou\n gravações de áudio e vídeo que onbsp;envolvem diretamente em corrupção, o\n diretor, que já estava afastado por ordem judicial, acabou sendo demitido da\n UFMS.\n \n \n \n \n
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