\n \n Um parque\n poliesportivo, que serviria para as crianças da região do bairro Vila Almeida,\n em Campo Grande, participar de atividades culturais e físicas, está abandonado\n há sete anos pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, que mantém empresa\n de segurança particular para cuidar do local. \n \n A obra já\n custou R$ 1.814.542,90 aos cofres públicos e permanece abandonada. Uma empresa\n privada faz a segurança 24 horas por dia na área, para que o material investido\n não seja furtado. Porém, telhas e a ferragens usadas na obra estão estragando.\n \n Os moradores\n já não têm mais esperança de ver a obra concluída. Para o aposentado Sebastião\n Ferreira do Nascimento, de 76 anos, que mora atrás do complexo, é triste ver as\n crianças brincando nas ruas. “Nas férias ficaram todos na rua e um lugar desse\n aí abandonado. Já chamamos a televisão para reclamar, mas ninguém está nem aí”.\n \n O aposentado\n não acredita que a obra terá continuidade. “Ninguém fala nada, eles acham que\n podem fazer o que querem e largaram aí assim. Dinheiro nosso no lixo”,\n reclamou.\n \n A dona de casa\n Letícia da Silva, de 58 anos, diz que seus filhos cresceram esperando as\n piscinas prometidas. “Já estão até casados e nunca tomaram banho na piscina. Só\n deixaram os buracos, prometeram e não fizeram”.\n \n Ela fica\n preocupada com a movimentação à noite. “Uma vizinha minha já foi\n perseguidanbsp; por um cara que saiu aí do mato. Já teve tiro e eles ocupam o\n lugar para usar drogas”, disse.\n \n Um\n requerimento feito pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) em abril de 2012 é a\n única resposta que o Midiamax obteve sobre a situação do lugar.\n \n A alegação do\n Secretário de Estado de Obras Públicas e de Transportes, Wilson Cabral Tavares,\n é de que a obra foi licitada e a Empresa A.R.P Construtora Ltda., vencedora,\n executou o valor de R$ 560.484,13 e depois disso o contrato foi rescindido.\n \n A empresa\n Policon Engenharia Ltda executou o valor de R$ 1.254.058,77. Há um saldo de R$\n 1.021.914,82 desde dezembro de 2006, com 64% da obra executada. A Agesul\n (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) não informou a reportagem o que\n será feito da obra, se ela será concluída ou se há uma mudança de projeto para\n o local.\n \n \n \n \n