Metropoles/PCS
ImprimirA Casa Branca anunciou na quinta-feira (17) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica, uma condição que afeta o funcionamento das veias nas pernas.
Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, o diagnóstico veio após Trump apresentar inchaço nas pernas e hematomas nas mãos, o que levou a exames de sangue e um ultrassom.
A insuficiência venosa crônica ocorre quando as veias das pernas não conseguem transportar o sangue de volta ao coração de forma eficiente. Isso acontece devido a danos nas veias ou no funcionamento das válvulas venosas, que normalmente impedem o refluxo do sangue.
Quando essas válvulas falham, o sangue pode se acumular nas pernas, aumentando a pressão nas veias e causando uma série de sintomas desconfortáveis.
A causa mais comum da condição é a trombose venosa profunda, um problema em que coágulos sanguíneos danificam as válvulas. No entanto, outros fatores também podem contribuir, como:
Idade avançada: a doença é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, e o risco aumenta com o envelhecimento;
Hereditariedade: histórico familiar pode predispor ao problema;
Obesidade: o excesso de peso sobrecarrega as veias;
Gravidez: alterações hormonais e pressão nas veias pélvicas são fatores de risco;
Ficar muito tempo em pé ou sentado: posturas prolongadas dificultam a circulação; e
Uso de anticoncepcionais à base de estrógeno: pode afetar a saúde das veias.
Tipos de insuficiência venosa crônica
A doença pode ser classificada em três tipos principais:
Congênita: quando a pessoa nasce com malformações nas veias ou válvulas das pernas;
Primária: ocorre por alterações que afetam o funcionamento das veias, como o alargamento de uma veia que impede o fechamento completo da válvula; e
Secundária: causada por outros problemas de saúde, como a trombose venosa profunda, que danifica as válvulas.
Sintomas
Os sintomas da insuficiência venosa crônica costumam ser mais perceptíveis no final do dia e incluem:
Inchaço nas pernas: principal sinal, que pode piorar com o tempo;
Sensação de peso ou latejamento: as pernas podem parecer cansadas ou “inquietas”;
Formigamento, dor ou queimação;
Cãibras musculares;
Varizes: veias dilatadas e visíveis;
Alterações na pele: na fase avançada, a pele na região interna do tornozelo pode descamar, coçar ou mudar de cor; e
Úlceras: em casos graves, feridas podem surgir na parte interna do tornozelo, geralmente sem causa aparente.
Embora a condição não seja considerada uma ameaça grave à saúde, ela pode ser dolorosa e causar limitações, segundo a Johns Hopkins Medicine.
Tratamento e prevenção
O tratamento da insuficiência venosa crônica foca em aliviar os sintomas e melhorar a circulação. Entre as principais medidas, estão:
Elevação das pernas: ajuda a reduzir o inchaço;
Compressão: uso de meias de compressão graduada, faixas compressoras ou dispositivos de compressão pneumática intermitente; e
Mudanças no estilo de vida: prática regular de exercícios, controle de peso e evitar longos períodos em pé ou sentado.
Embora não haja cura definitiva, essas medidas podem controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. A prevenção também é essencial, especialmente para quem tem fatores de risco, como idade avançada ou histórico familiar.