\n \n Vereadores mudaram\n de opinião após receber a visita dos delegados e do presidente da\n Adepol (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul), Fabiano Gastaldi, na\n manhã desta terça-feira, na Câmara. Na semana passada, os parlamentares\n apoiaram a PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional) na presença dos\n promotores de Justiça.\n \n Na ocasião em que\n promotores estiveram no plenário, a maioria dos vereadores posicionou-senbsp;contra\n a Proposta de Emenda à Constituição, conhecida como PEC da impunidade. Na\n sessão de hoje, quase todos os parlamentares mudaram a opinião sobre o projeto.\n Delegados acompanharam a sessão e se manifestaram à favor da emenda.\n \n A vereadora Luiza\n Ribeiro (PPS), uma das poucas a se posicionar contra à PEC na sessão de hoje,\n disse que a aprovação da emenda vai reduzir o poder do Ministério Público.\n \n A proposta, feita\n pelo Congresso Nacional, pretende tirar o poder de investigação criminal do\n Ministério Público. Se aprovada, segundo os promotores, a emenda praticamente\n inviabiliza investigações contra o crime organizado, desvio de verbas,\n corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações dos direitos\n humanos. A medida torna exclusividade das policias Civil e Federal a\n investigação dos crimes.\n \n Paulo Siufi (PMDB)\n frisou que a visita dos promotores, na semana passada, apontava que estes\n profissionais deixariam de atuar. Porém, a explicação do presidente da Adepol\n na sessão desta terça-feira, fez ele entender melhor o projeto.nbsp;“Com a\n explicação do Fabiano (presidente), eu me convenci de que não se pode tirar o\n poder de quem não tem. O Ministério Público nunca teve poder de investigação”,\n disse convicto.\n \n O vereador ainda\n relembrou a atuação da Polícia Federal, no caso mensalão, do Governo Lula. “A\n Polícia Federal não teve medo de colocar o dedo na ferida do mensalão e por\n isso demonstrou a capacidade de investigação”.\n \n Para Paulo Pedra\n (PDT), a PEC é da “legalidade e não da impunidade”. “Cada qual no seu\n quadrado”, defendeu o vereador. “Se for preciso o PDT vai à Brasília para\n firmar este compromisso”.\n \n Na época e que os\n promotores estiveram no plenário, o vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o\n Carlão, disse que ainda estava em dúvida sobre a proposta. “Hoje eu sei que o\n MPE deve cumprir sua função e a polícia a sua. Cada um tem que cumprir seu\n trabalho”.\n \n Além da bancada do\n PSL e do PT, o presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB), também se\n posicionou a favor da emenda e disse aos delegados que “contem com a Casa e com\n o obres vereadores”.\n \n O presidente da\n Adepol aproveitou a ocasião para defender a PEC. “Hoje, aqui na Câmara,\n fortalecemos a democracia. "E é isso que esperamos do legislativo. Saímos\n fortalecidos, independente do resultado”.\n \n Para Gastaldi, o\n Ministério Público está causando um debate político e midiático. “O MP estava\n falando inverdade”.