O\n ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT-SC), disse não temer a abertura de\n investigação sobre seu envolvimento em suposto esquema do partido para empregar\n "fantasmas". Ele atribuiu as acusações de um ex-dirigente do partido\n a "fogo amigo" e reiterou não ter feito nenhum acerto para que\n pedetistas recebessem "salários", sem prestar serviços, de entidade\n financiada pela pasta. "Nunca fiz nenhum pedido desse tipo. Quem é esse\n cara para me acusar de qualquer coisa? Não falei para ele trabalhar para\n ONG".\n \n Questionado\n sobre a quantidade de pedetistas que constavam da folha de pagamentos da\n entidade, segundo concluiu a apuração da Controladoria-Geral da União, Manoel\n Dias mostrou-se surpreso: "Eles não trabalhavam? Só recebiam? É impossível\n que isso aconteça. Que eu saiba, não tem nada disso".\n \n Embora a\n Polícia Federal informe em relatório que chegou a tratar de depoimento do\n ministro com advogado por ele constituído, Dias alega não ter sido chamado a se\n explicar. "Não me neguei a nada. Nunca falaram comigo", sustenta.\n \n No cargoO ministro disse que permanecerá\n no cargo e que, em breve, o diretório nacional do partido vai se reunir para\n deliberar sobre o que fazer no ano eleitoral de 2014. "A tendência é\n apoiar a reeleição da presidente Dilma", adianta.\n \n O\n Ministério do Trabalho informou que aguarda dados oficiais do inquérito para se\n manifestar. Em nota, explicou que a ADRVale está proibida de receber recursos\n federais.\n \n Segundo a\n pasta, a prestação de contas do convênio investigado foi concluída com parecer\n pela desaprovação e enviada para instauração de tomada de contas especial -\n processo pelo qual se apuram o valor e as responsabilidades por falhas na\n execução de recursos públicos.\n \n "A\n análise dessa entidade foi feita pela comissão especial instituída pelo\n ministro Manoel Dias, via portaria, que tem o objetivo de analisar as\n prestações de contas de convênios nos últimos anos, tendo como prioridade os\n citados em investigações", ressaltou a nota do ministério, acrescentando\n que remeteu à PF as informações pedidas.\n \n A\n advogada que representa a ADRVale, Ana Helena Boos, não deu retorno aos pedidos\n de explicação do Estado. Em seu escritório, o atendente disse que\n repassaria o recado do jornal. Em ocasiões anteriores, a advogada disse que os\n convênios foram executados regularmente e que as pessoas que constavam da folha\n de pagamentos, sendo ou não filiadas ao PDT, trabalharam de fato.