Domingo, 4 de Maio de 2025
Política
07/01/2013 07:39:16
Para deputados, demissões de Puccinelli são para acomodar desempregados da prefeitura
É uma questão política. Eles perderam o principal QG, que era a Prefeitura de Campo Grande, com a estrutura de cargos. Agora, tentam se segurar no Governo do Estado.

Midiamax/PCS

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\n Os deputados do Partido dos Trabalhadores (PT), Cabo Almi e Pedro Kemp, não acreditaram nas desculpas dadas pelo governador André Puccinelli (PMDB) ao anunciar a demissão de vários cargos comissionados instalados no Governo do Estado. Puccinelli alegou que as demissões foram para estimular o trabalho, mas petistas acreditam que foram realizadas para acomodar aliados que ficaram desempregados com o fim da era de 20 anos do PMDB no poder em Campo Grande. “É uma questão política. Eles perderam o principal QG, que era a Prefeitura de Campo Grande, com a estrutura de cargos. Agora, tentam se segurar no Governo do Estado e na Câmara, onde elegeram o presidente para continuar fazendo política, depois de perder a prefeitura”, analisou o deputado Cabo Almi. Para Cabo Almi, o governador está fazendo a readequação para poder acomodar as pessoas que ele julga imprescindível e punir os que não foram tão fieis ao PMDB e acabaram apoiando Alcides Bernal (PP) em Campo Grande, quando viram que o quadro era irreversível. O deputado Pedro Kemp acredita que Puccinelli está tentando fechar o Governo bem já que, na avaliação dele, a Casa Civil abrigava várias acomodações políticas. “Acho que esse pessoal não tinha nem função. Vários ex-prefeitos sem mandato foram acomodados. Pode estar fazendo enxugamento”. Na opinião de Kemp, Puccinelli deveria extinguir estes cargos sem nenhuma função e contratar pessoas que realmente servem ao Estado. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), não fez avaliação sobre as demissões e preferiu dizer que cabe a Puccinelli explicar os motivos para as mudanças. Todavia, ressaltou que os cargos da Casa Civil fazem parte da ação política do governo. A lista de exonerações inclui diversos nomes importantes da política do Estado. Entre eles, destaca-se ex-prefeitos, ex-deputados, ex-participante do programa Big Brother Brasil e até servidores denunciados como fantasmas por militantes. Entre os exonerados estão o ex-senador Juvêncio Cesar da Fonseca, ex-deputados Reginaldo de Oliveira Ferreira, Aluísio Borges e Manoel Vitório, e os ex-prefeitos Dácio Queiróz Silva e José Arnaldo Ferreira de Melo. Na lista também consta o nome do ex-participante do Big Brother Brasil, Dilson Walkares Rodovalho Filho, conhecido como Dilsinho MadMax, do ex-secretário adjunto de Educação, Gamaliel de Oliveira Jurumenha, diretor da Ageprev, Moacyr Roberto Salles, ex-secretário de Fazenda, Thiago Franco Cançado, e do presidente do PTB jovem em Mato Grosso do Sul, João Alfredo Vieira. Juvêncio e filiados ao PTB estão entre os denunciados como possíveis fantasmas na Governadoria. O cargo dado ao governador para o ex-senador e prefeito de Campo Grande virou assunto na Câmara Municipal neste ano, quando vereadores foram questionados sobre o reajuste salarial de 61,9%. A filha de Juvêncio, Patrícia Fonseca, era uma das líderes do Movimento Voluntário que protestava e ouviu questionamentos do vereador Athayde Nery (PPS). Irritado com os protestos, Athayde declarou que o pai dela era “fantasma” na Governadoria. Recentemente, filiados ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) estiveram em Brasília para pedir o afastamento imediato do atual presidente estadual, Ivan Louzada. Eles acusam o partido de receber recursos indiretamente do Poder Público, por meio da nomeação de 10 apadrinhados do presidente regional, Ivan Louzada, na Casa Civil do governo de André Puccinelli. O tesoureiro da executiva municipal do PTB, Elenilton Dutra de Andrade, alegou que os filiados queriam explicações sobre as denúncias de ocupação de cargos fantasmas e enriquecimento ilícito. \n \n
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