Quarta-Feira, 13 de Agosto de 2025
Política
10/08/2013 06:55:40
PGR denuncia Garotinho e Rosinha por peculato e lavagem de dinheiro
Deputado e prefeita de Campos são acusados de desvio de verba pública. Advogado do casal disse ter "convicção" de que denúncia será "rejeitada".

G1/PCS

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\n \n O\n procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o deputado federal e\n líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (PR-RJ), e a mulher dele, Rosinha\n Matheus, prefeita de Campos de Goytacazes, pelos crimes de peculato (desvio de\n dinheiro público por servidor no exercício do cargo) e lavagem de dinheiro.\n \n O\n advogado Nélio Machado, que defende o casal, afirmou que ainda não obteve\n acesso ao teor da denúncia, mas assim que o fizer apresentará a resposta dentro\n do prazo. "Tenho fundada convicção de que deva ser rejeitada [a denúncia]\n porque não me soa como absolutamente razoável uma acusação surgir dez anos\n depois dos fatos e num ano que se avizinha um novo procedimento\n eleitoral."\n \n A\n denúncia foi enviada ao Supremo no dia 24 de julho em inquérito que tramita na\n corte há cerca de um ano. O relator, ministro Dias Toffoli, determinou que o\n deputado e a prefeita respondam às acusações em 15 dias.\n \n Depois\n disso, deverá ouvir testemunhas e terá que levar o caso ao plenário, que\n decidirá se abre ou não processo e transforma os dois em réus em ação penal.\n \n Segundo\n o Ministério Público, de R$ 63,3 milhões supostamente desviados do governo do\n Rio de Janeiro quando Rosinha era governadora (2003-2006), R$ 650 mil foram\n depositados na conta do diretório do PMDB do Rio de Janeiro para custeio da\n campanha de Garotinho à Presidência da República em 2006 pelo PMDB.\n \n "Os\n denunciados valeram-se de pessoas jurídicas interpostas para esquentar os\n valores desviados do governo do Rio de Janeiro e, de forma fracionada,\n depositaram o montante de R$ 650 mil em favor do PMDB", disse o procurador\n na denúncia.\n \n Gurgel\n aponta que o governo do Rio de Janeiro fez um contrato em 2003 sem licitação\n para que a Fundação Escola de Serviço Público (Fesp) fornecesse mão-de-obra\n terceirizada para o estado. A Fesp subcontratou organizações não\n governamentais.\n \n Na\n avaliação do procurador, a entidade "não tinha capacidade técnica e\n estrutura para fornecer uma grande leva de mão-de-obra terceirizada ao estado\n do Rio de Janeiro" e por isso subcontratou outras entidades. Os contratos,\n porém, era "vagos" e "com vistas a superfaturamento dos\n contratos".\n \n Conforme\n a denúncia, além de ter sido beneficiado na campanha, Garotinho ainda ocupava o\n cargo de secretário de governo do estado.\n \n Gurgel\n pediu o desmembramento do inquérito em relação a pessoas que eram investigadas\n sobre o mesmo tema, e o pedido foi aceito. Com isso, pessoas envolvidas que não\n têm foro privilegiado, como o deputado, responderão em instâncias inferiores da\n Justiça.\n \n \n
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