O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do processo do\n mensalão, ministro Joaquim Barbosa, negou nesta sexta-feira (21) pedido de\n prisão domiciliar ao ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e determinou que ele\n seja preso em regime semiaberto no Rio de Janeiro. \n \n Jefferson era o único que seguia em liberdade entre os condenados do\n processo do mensalão que já poderiam estar presos. O Supremo não deu mais\n detalhes sobre a ordem de prisão. A direção da Polícia Federal, em Brasília,\n informou ao G1 que ainda não recebeu o mandado de prisão.\n \n Jefferson, delator do esquema do mensalão, pediu ao Supremo para cumprir a\n pena imposta no julgamento em casa, mas teve o pedido negado. Condenado a 7\n anos e 14 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de\n dinheiro, ele alegou que precisa de cuidados médicos especiais porque ainda\n está em tratamento contra um câncer no pâncreas.\n \n O ex-parlamentar passou por cirurgia em julho de 2012 para retirada de\n tumor. Em dois anos, perdeu 20 quilos, conforme os médicos que o atenderam.\n Atualmente, ele faz tratamento com injeções e realização de exames, segundo sua\n assessoria.\n \n A condenação de Jefferson já transitou em julgado, ou seja, não cabe mais\n nenhum recurso. Barbosa já poderia ter determinado a prisão, mas já quis\n verificar o estado de saúde para decidir se Jefferson pode cumprir pena em\n presídio ou se concederá prisão domiciliar.\n \n O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer no fim de\n dezembro no qual opinou contra o pedido de prisão domiciliar. O documento\n sustenta que Jefferson pode cumprir pena numa prisão comum. O parecer se baseia\n em informações da Vara de Execuções Penais (VEP) da cidade do Rio de Janeiro,\n que informou ao Supremo que o sistema prisional do estado tem condições de\n receber o ex-deputado.\n \n Laudo médico sobre a saúde do ex-deputado, elaborado a pedido de Barbosa por\n uma junta de especialistas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), concluiu que\n ele não tem sinais de câncer e que não há necessidade de prisão domiciliar.\n \n Apesar do parecer do procurador e do laudo médico, a defesa de Jefferson\n insistiu na necessidade de tratamento domiciliar.\n \n \n