Domingo, 6 de Julho de 2025
Política
18/12/2012 09:00:00
Uma pizza geral, diz relator da CPMI do Cachoeira sobre conclusão dos trabalhos
Apesar de todo o esforço, nós fomos derrotados pela blindagem em favor de Marconi Perillo [governador de Goiás], e a empresa Delta”, disse o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG).

Agência Brasil/HJ

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\n \n Uma grande pizza. Foi assim que vários parlamentares definiram\n nesta terça-feira (18) o fim da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)\n que investigou as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos\n Cachoeira, com políticos e empresários. “As conclusões são um nada, um vazio,\n uma pizza geral, lamentável.
Apesar de todo o esforço, nós fomos derrotados\n pela blindagem em favor de Marconi Perillo [governador de Goiás], e a empresa\n Delta”, disse o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG).\n \n O relatório de Cunha foi rejeitado por 18\n votos a 16 e fez com que a CPMI encerasse os trabalhos sem um documento final.\n Além de votos contrários do PSDB e de partidos menores, o documento foi\n rejeitado alguns por parlamentes do PMDB, partido da base do governo. O\n documento derrotado envolvia 41 pessoas.
Todas suspeitas de ligação direta com\n o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar quadrilha de\n exploração de jogos ilegais, em parceria com servidores públicos. O diretor da\n empreiteira Delta, Fernando Cavendish, e o governador Marconi Perillo estavam\n na lista.\n \n “O que vocês assistiram aqui é pior do que\n pizza. Os governadores Sérgio Cabral (RJ) e Marconi Perillo (GO), além da\n empreiteira Delta se uniram para derrotar o relatório e impedir que a\n investigação seguisse em\n frente. O dia de hoje ficará como o dia da infâmia. Um dia em\n que o Congresso Nacional brasileiro protagonizou uma das maiores vergonhas da\n sua história”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PMDB-AP).\n \n O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens\n Bueno, também criticou o resultado final da CPMI. “O parlamento não cumpre com\n seu papel de investigar, apurar e encaminhar a quem deve tomar providências.
De\n mais de cinco mil páginas, nós tivemos uma página de meianbsp;no voto separado\n do deputado Luiz Pittman (PMDB-DF), o que é lamentável sob todos os aspectos.\n Como estamos em véspera de Natal é uma presepada o que foi aprovado hoje pela\n Comissão Parlamentar de Inquérito”, criticou Rubens Bueno.\n \n “A única vitória daqueles que querem a investigação\n de um esquema de corrupção, que perpassa o governo federal e vários governos\n estaduais, foi compartilhamento [de informações] com o Ministério Público\n Federal”, avaliou do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele acredita que, apesar\n do resultado final da comissão, o compartilhamento dos sigilos recebidos pela\n CPMI fará com que as investigações sigam em frente.nbsp; O ponto citado pelo\n deputado foi o único de consenso hoje na CPMI.\n \n Os parlamentares aprovaram requerimento do\n deputado Odair Cunha para que os sigilos levantados pela CPMI - fiscais,\n bancários e telefônicos, sejamnbsp;levadosnbsp;à Procuradoria-Geral da\n República e ao Ministério Público Federal de Goiás.
O compartilhamento está\n previsto também no voto separado do deputado Luiz Pittman. Com uma página e\n meia, o documento aprovado na comissão inclui a Polícia Federal, e é\n considerado o resultado final da CPMI.\n \n “As investigações continuarão e serão aprofundadas. E, aí\n sim, em ambiente sem as influências, que nós aqui tivemos, e isentas por\n completo, as investigações poderão aprofundar e trazer aos brasileiros os\n verdadeiros fatos, da mesma forma que Supremo Tribunal Federal trouxe os\n últimos fatos do mensalão”, afirmou Pittman. \n \n \n \n \n
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