Em oito meses, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) desembolsou R$ 2.722.040 em diárias, mais de R$ 11 mil a cada 24 horas. Os valores oscilaram de R$ 188.788, em janeiro, para um pico de R$ 480.580, em agosto, um salto de 26,6% em relação a julho, o que equivale a cerca de R$ 14,4 mil por dia.

No mês passado, além do recorde financeiro de quase meio milhão, houve gasto de R$ 76.749,15 em transporte, o que inclui 39 viagens de avião, apesar das diárias no serviço público serem pagas para que o próprio funcionário cubra suas despesas de transporte, alimentação e hospedagem.

Brasília concentrou a maior parte dos deslocamentos do mês: foram 25 idas para cursos, reuniões e visitas técnicas a órgãos federais. Também aparecem, entre os destinos fora do estado, Goiânia (GO), Salvador (BA), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).

O mapa dos trajetos mostra que Campo Grande é quase sempre o ponto de partida e de retorno. Dentro do estado, os deslocamentos mais frequentes foram para Costa Rica, Dourados, Três Lagoas, Bonito, Pedro Gomes, Corumbá, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso, Selvíria, Itaquiraí, Ribas do Rio Pardo, Anastácio/Aquidauana e Caarapó.

Segundo os dados dos Diários Oficiais, as diárias individuais variaram de R$ 445,62 a R$ 1.255, enquanto as passagens aéreas chegaram a R$ 3.394.

Ao longo do ano, os gastos mensais caminharam em patamar elevado: R$ 244.548 em fevereiro, R$ 362.057 em março, R$ 370.638 em abril, R$ 326.622 em maio e R$ 369.280 em junho, antes de subirem a R$ 379.527 em julho e alcançarem o topo de R$ 480.580 em agosto.

Considerando que esse período de 8 meses tem 243 dias, a média diária foi de R$ 11.201,81.

ZERO TRANSPARÊNCIA

Consultado sobre o tamanho do gasto com deslocamentos de servidores, o Ministério Público do Estado não respondeu às perguntas do Campo Grande News.