Quarta-Feira, 6 de Agosto de 2025
Política
01/08/2025 07:02:00
‘Se me destruir, vou mostrar de onde veio’: acusado de cobrar propina, Juliano Ferro ameaça no Instagram
Empresário denuncia que o prefeito teria recebido R$ 200 mil de propina para forjar licitação e favorecer amigos

MMN/PCS

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O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), alegou sofrer perseguição de “forças maiores” após matéria do Jornal Midiamax sobre o suposto recebimento de R$ 200 mil de propina para fraudar licitação para o Festival da Mandioca.

Em live no Instagram, Ferro não cita nomes, mas afirma que “querem acabar” com sua carreira política. “Chega de me perseguir […] porque o dia que me destruir — eu vou falar para você — não vai ficar bom; a gente vai mostrar de onde que veio, vai ficar feio para vocês também”, ameaça expor quem estaria por trás da perseguição citada.

A matéria traz denúncia encaminhada pelo empresário Patrese Marengo Rios ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que versa sobre uma suposta licitação forjada que contratou empresas para a promoção do Festival da Mandioca.

Souza Netto é consultor jurídico e de licitações da P10 Comunicação amp;amp; Eventos Ltda., cujo dono é Patrese Rios, empresa que estava habilitada para o certame. Entretanto, “no último dia”, a prefeitura contestou a licitação e anulou o processo. No lugar, Juliano usou da Ata de um evento semelhante em Jardim na escolha de empresas para atuar no festival em Ivinhema.

Propina

Em entrevista ao Jornal Midiamax, Netto afirma que teria perdido me torno de R$ 870 mil com a desclassificação numa das disputas pelo serviço. Ele ainda acrescentou que o prefeito, com a extinção da concorrência, teria recebido dinheiro, em espécie, para favorecer amigos. Essas pessoas seriam donos de empresas que atuaram no Festival da Mandioca.

Assim, o empresário afirma que Ferro teria recebido R$ 200 mil e o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Lidemar Augusto da Silva, ganhado R$ 80 mil. A suposta propina seria arrecadada, disse Netto, por meio de fraudes nas notas fiscais emitidas pela prefeitura. Desta forma, o município pagaria “a mais” por serviço não executado.

O dinheiro, segundo o denunciante, era para saldar um “compromisso” entre ele e os empresários que “venceram” a concorrência extinta por Juliano Ferro.

Ainda na live, o prefeito desmente que teria pedido propina e afirma que esta alegação não consta na denúncia ao MP. Por fim, Netto garantiu que vai repetir a denúncia revelada ao Jornal Midiamax em depoimentos ao ministério.

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