Sábado, 26 de Julho de 2025
Política
25/07/2025 08:30:00
Silas Malafaia convoca atos pró-Bolsonaro: 'Agora é o povo que chama'
Pastor Silas Malafaia inicia mobilização para protestos em 3 de agosto em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não poderá comparecer

Metropoles/PCS

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O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ampliou, nesta quinta-feira (24/7), a convocação para manifestações pró-Bolsonaro marcadas para 3 de agosto, nas capitais do país. A mobilização, batizada de “Reaja Brasil”, contará com uma série de vídeos de convocação — com e sem políticos — e será coordenada por Malafaia.

Bolsonaro, no entanto, não poderá participar de nenhuma atividade, pois as medidas cautelares determinadas por Moraes o impedem de sair de casa aos finais de semana e feriados (ele também precisa estar em casa entre as 19h e as 6h).

A manifestação, segundo o pastor, é uma resposta às ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro e seus aliados.

Malafaia tem liderado atos em defesa do ex-presidente e dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, além de campanhas por anistia e contra o julgamento de Bolsonaro no STF.

Em vídeo enviado ao Metrópoles, ele afirma que essa é a primeira peça de uma série de mobilizações e que o movimento contará com falas de políticos e de apoiadores anônimos — representando “a voz do povo”.

“Agora não são os políticos que convocam o povo, é o povo que convoca os políticos, porque já estamos nas ruas”, afirma em vídeo.

O vídeo também traz críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e compara os tratamentos judiciais dados a Lula e a Bolsonaro.

“Lula, condenado em todas as instâncias por unanimidade por roubalheira, o STF libera. Bolsonaro, que não tem nenhuma condenação, por pura perseguição política, o STF quer prendê-lo”, diz outro trecho.

As manifestações foram batizadas de “Reaja, Brasil” e, segundo os organizadores, terão como pautas principais a liberdade de expressão e críticas ao Judiciário.

Bolsonaro impedido de ir às ruas

Apesar de ser o principal nome da base bolsonarista, Jair Bolsonaro não poderá participar da manifestação. Desde sexta-feira (18/7), ele está submetido a uma série de medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de uma investigação da Polícia Federal.

O ex-mandatário é obrigado a usar tornozeleira eletrônica, está proibido de usar redes sociais e de sair de casa nos fins de semana — o que o impede de comparecer aos atos.

As medidas fazem parte de uma nova fase da apuração que investiga se Bolsonaro e Eduardo atuaram para pressionar governos estrangeiros, em especial os Estados Unidos, a imporem sanções a agentes públicos brasileiros e ao próprio STF.

“Talvez esteja na hora de voltarmos a ir para as ruas”, afirmou o deputado licenciado.

A mobilização de 3 de agosto será o primeiro grande ato público após as novas restrições judiciais impostas a Bolsonaro.

A estratégia inclui lideranças religiosas, parlamentares e perfis civis, com o objetivo de atingir “todo o Brasil”, nas palavras do pastor.

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