Política
06/12/2012 09:00:00
Deputado diz que inspeção veicular não é obrigatória e cobra suspensão da licitação
A medida torna obrigatória a criação de Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPV), mas somente em Estados e municípios com frota de três milhões.
Midiamax/HJ
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\n \n Contrário a criação de nova taxa em Campo Grande, o\n deputado estadual Paulo Corrêa (PR) frisou, nesta quinta-feira (6), que a\n inspeção veicular na Capital não é obrigatória e cobrou a suspensão da\n licitação, aberta logo após a aprovação de resolução do Conselho Nacional do\n Meio Ambiente (Conama).\n \n A medida torna obrigatória a criação de Planos de Controle de\n Poluição Veicular (PCPV), mas somente em Estados e municípios com frota de três\n milhões. Em Campo Grande,\n segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), circulam pela cidade\n 445.724 veículos.\n \n Vivemos numa cidade que não tem nenhuma nuvem preta de fumaça,\n portanto, não há justificativa para implantar o serviço às pressas, até mesmo\n porque aqui a medida não é obrigatória, defendeu Paulo Corrêa. \n \n A resolução do Conama foi aprovada em 20 de outubro e dá 18 meses\n para a implantação das inspeções veiculares, a contar da data da publicação.\n Passados 24 dias, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) abriu licitação para\n disponibilizar o serviço na Capital. A contratação da empresa está prevista\n para o próximo dia 19.\n \n Apesar de a resolução ser nova, o diretor-presidente da Agência de\n Serviços Públicos, Marcelo Amaral, frisou que inspeção veicular é pauta antiga\n da administração municipal e amadureceu suficientemente agora para lançar a\n licitação. \n \n É uma discussão precedente do Conselho Municipal do Meio\n Ambiente, do Conselho Municipal de Desenvolvimento de Urbanização, destacou.\n Etapas estão sendo seguidas com a devida publicidade e chamamento, emendou.\n \n Audiência pública\n \n Na tentativa de barrar o processo, o deputado programou audiência\n pública para segunda-feira (10). O plano é mobilizar o prefeito eleito Alcides\n Bernal (PP), Tribunal de Justiça, Ministério Público (MP) e Câmara Municipal na\n luta para suspender a inspeção veicular, que cria taxa de R$ 67.\n \n Não sou contra ações para proteger o meio ambiente, mas defendo\n uma discussão ampliada, com calma até encontrarmos meios de oferecer o serviço,\n mas sem onerar o consumidor, frisou Paulo Corrêa. \n \n Para ele, é possível encontrar mecanismos para baratear ou até\n zerar a inspeção. Na campanha eleitoral, o prefeito eleito de São Paulo,\n Fernando Haddad (PT), prometeu acabar com a taxa. Se numa cidade com a frota do\n tamanho de São Paulo é possível, porque aqui não será?, questionou o\n parlamentar.\n \n Na visão de Corrêa, é inadmissível pagar R$ 67 pelo serviço. Tem\n alguma coisa errada aí, R$ 67 para ver se está saindo fumaça do carro,\n disparou o deputado. A cobrança equivale a 10% do salário mínimo, comparou.\n Além dela, para ter um veículo o cidadão precisa desembolsar com IPVA,\n licenciamento e seguro obrigatório. \n \n Pioneiro, o Rio de Janeiro iniciou sua inspeção veicular em 1998.\n Lá, a avaliação custa R$ 96,22, mas o valor pode ser parcelado em até três\n vezes. Já em São Paulo,\n onde a inspeção teve início em 2008,\n a cobrança é R$ 44,36.\n \n Licitações em série\n \n Além da criação da taxa, a Assembleia Legislativa vê com\n estranheza o fato de o prefeito, em fim de mandato, abrir quatro licitações.\n Primeiro, ele engessou os próximos prefeitos por 30 anos na questão do\n transporte urbano, depois, 25 anos com a licitação do lixo, citou o deputado\n Pedro Kemp (PT).\n \n No entendimento do petista, o prefeito teve oito anos para fazer\n as licitações e não fez. Agora quer engessar os futuros prefeitos, reforçou.\n Isso é um absurdo, uma vergonha, emendou Kemp, incluindo ainda a licitação da\n publicidade, aberta dia 7 de novembro por Nelsinho, depois de quase um ano de\n pressão do Ministério Público Estadual (MPE). \n \n Segundo Paulo Corrêa, a licitação da inspeção veicular prevê\n contrato de 20 anos no valor de R$ 503 milhões. São R$ 25 milhões por ano para\n ver se está saindo fumaça do carro, disse. \n \n \n \n \n
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