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ImprimirA mineradora Samarco disse que apenas uma barragem se rompeu - e não duas - no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG).
Em nota à BandNews FM, a empresa afirma que a barragem de Santarém sofreu o que eles chamam de um "galgamento", ou seja, ela transbordou com os rejeitos da barragem de Fundão, que havia entrado em colapso.
O desastre em Mariana liberou 62 milhões de metros cúbicos de lama no ambiente. Os rejeitos contaminaram e assorearam o Rio Doce, o maior da região Sudeste.
Segundo especialistas, o desastre "matou" o rio, deixando centenas de milhares de pessoas sem água e causando danos irreversíveis ao ecossistema – suspeita-se, inclusive, que espécies endêmicas da região tenho sido extintas.
Até agora, sete corpos foram identificados, quatro aguardam identificação e 12 pessoas permanecem desaparecidas. Mais de 600 ficaram desabrigadas.
O Ministério Público (MP) de Minas Gerais informou, na segunda-feira (16), que fechou um acordo com a Mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, para pagamento de caução socioambiental de R$ 1 bilhão. A empresa também foi multada pelo Ibama em R$ 250 milhões.
Os valores são considerados irrisórios diante da gravidade da tragédia socioeconômica e ambiental. Como comparativo, a BP, responsável por vazar cinco milhões de barris de petróleo no Golfo do México após o rompimento de um duto, em 2010, fechou um acordo com os EUA para pagar US$ 20 bilhões de indenização pelo desastre (R$ 76,44 bilhões).